Nesses tempos de home office descobrimos que, de fato, a comunicação é responsável pelo clima organizacional, pelas relações e pelos resultados das organizações e que ela precisa de uma marca forte, definida com clareza, para ter como norteadora de seus processos.
Fomos convidados a fazer novos contratos e restabelecer expectativas inúmeras vezes nesse período. Foi preciso conversas sinceras e abertas para (re)estabelecer os novos contratos de convivência e de funcionamento. Não será diferente no trabalho híbrido (aquele em que temos pessoas na sede da empresa, nos escritórios e no home office), precisamos conversar e acordar esses contratos até o momento que nos sentiremos confiantes e confortáveis no novo processo.
Ficam aqui algumas dicas de comunicação no trabalho, canais e pontos de atenção na formação dessa cultura híbrida mantendo a essência da marca como norteadora:
- Estabeleça um canal que servirá de repositório de informações, onde todos podem encontrar desde a essência da marca (seu propósito, valores, diferenciais) até as informações que são relevantes para desenvolver o seu trabalho e esclarecer suas dúvidas.
- Esclareça sobre comunicação síncrona (aquela que exige contato imediato entre os envolvidos, uma reunião online por exemplo) e assíncrona (o emissor envia a mensagem, mas não quer dizer que vamos receber/ler na hora), lembre que não trabalhamos em regime de plantão e que nem tudo precisa ou pode ser respondido imediatamente.
- Se for necessário utilizar aplicativos de mensagens como WhatsApp, lembre-se de rotular as mensagens, ou seja, informe quando precisas de retorno. Se for um áudio, evite ser longo, e escreva sobre o que se trata o conteúdo. Lembre-se que as marcas possuem um jeito de falar, é a identidade verbal e se você está falando em nome dela (uma mensagem para um fornecedor ou um cliente, por exemplo, precisa ter o jeito de ser da marca – cuidado com figurinhas, emojis e gifs).
- Aplicativos de mensagens geram sensação de urgência e geram ansiedade, se for uma ferramenta necessária de trabalho, estabeleça regras para o uso. Toda marca tem as boas práticas, seu guia para que a experiência com ela seja positiva. Isso inclui as regras para uso dos aplicativos por parte da equipe.
- Na cultura híbrida, lembre-se do remoto first. As decisões precisam ser tomadas nos espaços formais, como reuniões on-line, não nos corredores ou momento do café onde poucos participam. Quando temos uma organização cuja gestão é pela marca, as decisões são formais, estratégicas e compartilhadas – assim elas fazem sentido para todos.
- Líderes precisam estar mais remotos até que a cultura híbrida seja acolhida, a liderança é o exemplo de comportamento desejado. Os líderes personificam valores e comportamentos da marca, eles são capazes de dar exemplos de como viver o propósito da marca com suas atitudes, especialmente nesse momento.
- Reuniões precisam ter uma pauta e uma intenção clara, não serve para fazer microgerenciamento das atividades dos colaboradores. Retome o propósito da marca e mostre como a reunião faz sentido, foque no que é fundamental para seguir em frente (para conferir atividades feitas existes muitos Apps, ok?).
- Identifique e crie novos símbolos e rituais nessa cultura desejada. E não esqueça de comunicar sempre! Retome a essência da marca, a identidade verbal e visual, conecte esse novo momento com o jeito de ser dessa organização.
No primeiro momento há um excesso de comunicação para dar conta de todas essas transformações e medos. Ao longo do processo de implantação os ajustes serão feitos e a tendência que diminua o volume de comunicação e a confiança seja estabelecida.
Lembre-se: é importante ter clara a essência da marca (propósito, valores, diferenciais…), ter isso claro e estruturado traz a segurança que precisamos em meio a tantos ajustes e retomadas no ambiente de trabalho híbrido.